O Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel participou no festival “Gastronomia de Bordo”, que decorreu às sextas-feiras, sábados e domingos, entre 23 de outubro e 22 de novembro, numa organização da Câmara Municipal de Ílhavo.
Ao longo do evento, a ementa dos restaurantes aderente teve como base o bacalhau, um dos ex-líbris gastronómicos daquele município. Com o festival, a autarquia pretende homenagear todos os homens do mar que nos mares do norte pescavam o “fiel amigo”.
O restaurante do Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel apresentou. como entradas, um aveludado de bacalhau com as suas línguas e um mini brás de bacalhau, tendo escolhido a feijoada de samos reinventada como prato principal.
A responsabilidade da cozinha, neste evento, foi confiada a Ricardo Marques, sub-chef da unidade hoteleira, um entusiasta do festival e ao qual está ligado desde a primeira edição, em 2018, como colaborador da organização, mas não só.
O cozinheiro tem raízes familiares ligadas à pesca do bacalhau, afirmando que “esta também é uma forma de prestar homenagem ao seu avô”.
Ílhavo é um concelho que tem uma longa história associada à pesca do bacalhau, também designada por “faina maior”. Os pescadores daquela área rumavam ao mar do norte para a pesca que chegava a durar seis meses.
Para atenuar o cansaço e as saudades da família, os cozinheiros dos navios procuravam reconfortar os pescadores com comida agradável, como a chora, uma sopa preparada à base de cabeças de bacalhau. As feijoadas ou o feijão assado, o “pão da pana” e o “queque dos domingos”, entre outros, eram servidos a bordo. Tratam-se de pratos que incluíam as partes consideradas como “menos nobres” do peixe e também conhecidas como derivados. Estão neste leque as caras, línguas, samos e espinhas, entre outros.
Estes pratos integram, assim, o cardápio dos restaurantes aderentes ao festival desde 2018, que se insere duma trilogia de iniciativas com o mesmo nome e que decorreram em Peniche (centrado na pesca costeira), e na Murtosa (com base na pesca lagunar) e que se uniram, no projeto “Territórios com História: o mar, as pescas e as comunidades".