A Vista Alegre tem feito, ao longo dos anos, várias parcerias com artistas de renome. O PAC – Projeto de Artistas Contemporâneos – tem dado origem a peças ímpares, de um valor cultural e artístico sem precedentes. A Vista Alegre celebra a vida e obra da artista ao lançar duas jarras - Sombra by Lourdes Castro – num evento que decorreu em Lisboa, na Galeria 111, no dia 4 de maio.
Esta é a vigésima terceira peça desta coleção, que começou em 2008 com uma obra de Eduardo Nery.
A apresentação contou com a presença de Nuno Barra, administrador da Vista Alegre, Nuno Brazão, sobrinho de Lourdes Castro, Arlete Alves da Silva, da Galeria 111 e Verónica de Mello, curadora do PAC.
As duas jarras Sombra do Projeto Artistas Contemporâneos, Sombra Laranja e Sombra Verde, cada uma em edição numerada e limitada a 250 exemplares, foram criadas a partir de uma obra da coleção particular de Lourdes Castro e homenageiam esta criadora que deixou um importante legado na história da arte contemporânea portuguesa.
Lourdes Castro afirmou em 1962: “A surpresa do desenho, a simplicidade da forma, do contorno duma sombra, da sua invisível presença, fascinou-me tanto que ainda hoje para mim é nova. Uma sombra tem para mim mais significado do que simplesmente um objeto descrito. É uma maneira de contemplar as coisas e as pessoas à minha volta”.
É a partir da década de 60 que Lourdes Castro explora a projeção e a fixação das sombras em materiais tão diversos como plexiglas, acrílico, lençol ou papel. Numa busca da síntese e da compreensão da forma, a artista cria uma leitura mais pura e desmaterializada da realidade, num jogo entre o tempo, a luz e a matéria.
Nesta celebração da arte a Vista Alegre homenageia a vida e obra de uma das mais marcantes artistas portuguesas.
As peças encontram-se à venda exclusivamente nas lojas Vista Alegre e online.
Quem foi Lourdes Castro
Lourdes Castro nasceu em 9 de dezembro de 1930 no Funchal, ilha da Madeira, onde faleceu em 8 de janeiro de 2022. Após uma breve passagem por Munique, partiu para Paris onde viveu durante 25 anos, regressando em 1983 à sua ilha natal. Conta com inúmeras exposições desde 1955, incluindo um vasto percurso internacional. Em Portugal a sua obra foi mostrada nas principais instituições. Em 2000, representou Portugal na XVIII Bienal de São Paulo. O seu trabalho foi galardoado com os seguintes prémios: Medalha do Concelho Regional Salon de Montrouge; Grande Prémio EDP; Prémio CELPA/ Vieira da Silva; Prémio Artes Visuais, Associação Internacional de Críticos de Arte; Prémio AICA/ Ministério da Cultura. Em 2020, na data em que cumpriu 90 anos, foi distinguida com a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Ministério da Cultura. A sua obra encontra-se representada em diversas coleções, públicas e privadas: Victoria e Albert Museum, Londres; Museu de Arte Moderna, Belgrado; museus nacionais de Varsóvia, Breslávia e Lódz; Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Fundação de Serralves, Porto, entre muitos outros.